sexta-feira, 5 de abril de 2019

MINHAS FÉRIAS COM TIO ASTUTO



AQUI VAI O LINK DO BLOG COM A HISTÓRIA INFANTIL

ESPERO QUE APRECIEM

(OBSERVEM A ORDEM DOS CAPÍTULOS  NA LATERAL, Á DIREITA, PARA LER)



https://criancafolhetim.blogspot.com/

domingo, 3 de outubro de 2010

TIRA O DEDO DO NARIZ!



Às vezes as coisas são estranhas por aqui. Au! 

E eu demoro a entender. Au! 

Dona Adulta começou a fazer uma poesia, por causa de um carro que ela viu parado no farol, e a dona menina Lili ficou uma fera, achou uma porcaria! 

Não entendi. Au! 

E toca a menina correr de lá pra cá e a dona Adulta atrás dela, recitando, e ela brava, a dona Babá achando nojento e o dono menino Ulisses e a dona menina Juju morrendo de rir . Au! 

Ainda não entendi. Au! 

Alguém pode me explicar? Au! Au!

Guardo a meleca
debaixo da cueca
quem vai pegar?
Guardo a meleca ou
rodar, rodar,
onde a enfiar?
Enfio o dedo 
nariz afora
como jogo a meleca fora?
Meleca na palma da mão
redondinha,
chata, chata!
Melhor rodar de novo!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

UM CERTO “Mê Siê Pinhon”



Fazia nada na sala quando ouvi a tal história de um certo “Me Siê Pinhon”. Au! 

Contava-se que era entendido de vinhos e de cachorros, e que amava mais os cachorros , muito intensamente, muito mais que as gentes. Au!


Sei lá se é boa coisa ser amado como vinho. Au! Nunca experimentei! Só vi que dona Adulta e dona Babá ficam bem alegrinhas quando tomam isso. Au!


A história mesmo é que ele viria para ensinar coisas de cachorros à Dona Adulta. Au! Aí me preocupei! Au!

Quando dona Adulta contou a história de um rei que manchava a barba com vinho tinto e aí a rainha pediu pra ele fazer vinho de uvas brancas, fazendo assim surgir o vinho branco.  

Dona menina Lili disse que era mais fácil cortar a barba. Au! 

Também acho! Au!


Passei uns dias esperando o tal de “Mê Siê Pinhon” e nada.

Todo mundo sossegado e eu meio agitada, sabe lá se ele ia gostar muito de mim e querer me levar! Au!  

Daqui não quero sair! Au!au!


Ele não veio. Au!


Acho que nunca virá! Au!


E a vida continua: boa e devagar. Au! Au!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

PISEI NA BOLA!


Tomo meu sol enquanto vejo a algazarra dos pardais esfregando-se na terra, sob a amoreira. Au! 

Dessa vez pisei na bola. Au! 

Um pardalzinho leve pousou no galho mais fino e balançou, balançou! Au!


Às vezes faço arte. Au! 

E levo um pito. Au!

Outro dia destruí a cerca do portão e fugi pra rua, pela minha passagem secreta. Au! 

Dona Adulta ficou me chamando brava quando me viu brincando com minha amiguinha de me esfregar na areia. Au! 

Eu tinha tomado banho na pet no dia anterior. Au!

Ela ficou bem brava e reforçou a cerca do portão. Au! Adeus fugidas! Au!


Xingou e passou! Au! Tudo ao normal. Au!


A coisa ficou feia mesmo quando ela me pegou sobre a mesa, tentando roubar um pedaço de torta do prato tampado! Au! 

O barulho da louça chamou sua atenção! Au!


Aí ela ficou brava como nunca, deu um pito daqueles, pensou até em me mandar embora. Au! 

Dona menina Lili disse que ia junto. Au!


Até agora ela me olha meio de lado, não ficou totalmente de bem comigo. Au!


Acho que vai demorar pra esquecer. Au! 

Pisei na bola mesmo! Au!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A INTRUSA



Estava quieta no quintal, tomando um solzinho quentinho da manhã e vendo os pardais fazendo bagunça aos pés da nossa amoreira. Às vezes eles iam roubar um pouco da minha ração, e saíam voando quando alguém se aproximava.


Au!


Tava aquela paradeira quando vi um bichinho bem pequeno, de casco preto e pontinhos vermelhos andando bem apressadinho. Au! 

Levantei as orelhas e fui me aproximando devagar. Au!


Ela nem ligou, continuou andando seu passinho apressadinho.


Comecei a latir pra ela, au, au, bem forte, mas ela nem ligou. 

Lati mais forte ainda e fui arranhando a minha patinha um pouco mais à frente do caminho dela. Au, au! 

Ela continuava a sua marchinha eu ia de novo arrastar as patas mais à frente, e latir mais forte e nada. AU, AU!

Quando ela alcançou a parede, desistiu da marcha, fez a meia volta e - surpresa! - veio em minha direção!


Au, au!


Saí correndo! Que joaninha danada!


Au, au!





ODEIO FÉRIAS!



Odeio férias! Au!

Todos os dias era aquela coisa de acordar cedo, brincar ou ficar no colo, e esperar a hora do banho, do almoço, e eu os via do portão partindo pra escola, sabendo que só voltariam de noite. Au!

Quando eu sentia que era hora de voltar, eu ia pro portão esperar. Via o carro se aproximando, e pronto, aquela festa, desciam correndo pra mim! Au, au!

Eu pulava, abanava o rabo, corria e voltava, era tão alegre! Depois do jantar, ficava sentada quietinha ajudando na lição. Aí chegava o sábado. Au! 

O sábado era o meu dia predileto, porque era o dia todo só pra mim! Au!

Domingo também era bom, mas tinha a hora que eles saíam e aí só voltavam de noitinha, mas mesmo assim era bom.

Aí era assim: passava a semana corrida e chegava o sábado, e chegava a alegria inteira! Au, au!

Foi aí que ouvi uma conversa de férias, de não ter aula nem lição por trinta dias! Au, au, au! 

Contei com eles o dia das férias chegarem, ia ser sábado todo dia!

Elas chegaram. Au! 

As férias! Au!

E eles se foram! Au! 

Isso ninguém me contou. Au!

Agora conto os dias das aulas voltarem. Au! Au!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A CHAVE DO TAMANHO



Tem uma história, de um tal Monteiro Lobato, em que uma boneca chamada Emília descobre a chave do tamanho pra deixar todo mundo pequenininho e acabar com as guerras.


Au, au, au!


Eu nem preciso de chave! Tem uma fresta no portão que ninguém tinha percebido e me cabe direitinho, quer dizer, meio apertadinha porque eu estou crescendo, e aí, sem ninguém saber, eu fujo pra praça. Au!

Lá eu brinco sozinha, andando pelos matinhos ou entre as florzinhas, e às vezes vem a cadelinha do dono da lojinha e a gente fica conversando coisa de cachorro.


Au, au, au!


Outro dia, quase morri de susto:


- Pandora!!!


Dona Adulta me chamou bem brava e me deu um pito daqueles! Pior é que, ainda por cima, eu voltei cheia de carrapicho!


Au, au, au!


Deu o que fazer pra tirar os carrapichos que grudaram no meu pelo, pelo corpo, pela cauda, nas orelhas!


Ela ainda não fechou a minha porta do tamanho, e às vezes eu ainda escapo, mas com mais cuidado.


Não sei se a travessura é minha ou dela!


Au, au, au!!!